31 outubro 2008

Peter Zumthor

Depois de ficar deslumbrada com a exposição do arquitecto Peter Zumthor achei essencial partilhar convosco este gosto que nos deixa silenciosos.(exposição patente na LX Factory até 2 de Novembro)
Foi dificil escolher um projecto...mas...aqui vai:

30 outubro 2008

onde fica o meu lugar !?!

Ao longo do processo de desenvolvimento, a importância dada à diversidade de locais onde instalo os meus projectos é fulcral. Trabalhos que se baseiam na arquitectura, no modo como ela se pode relacionar com o nosso corpo, com a luz. Um corpo que existe no presente, sendo suporte da sua experiência de sujeito – o seu passado, e de objecto preparado para o espaço social – o seu futuro.
Em contacto com os objectos do mundo e a sua diferenciação, torna-o sujeito, humano capaz de conhecer e se reconhecer no mundo.
O pó de grafite é o meio para este encontro, com ele inscrevo fragmentos de desenhos em estruturas arquitectónicas, que aproximam o ser humano aos limites da arquitectura.
Cada desenho que instalo parte desse próprio lugar, das marcas que ficam, ou de marcas que eu próprio construo. Instalações efémeras que provêem do próprio habitar.
Actualmente desenvolvo também instalações/pinturas sonoras em que insiro as mesma questões e preocupações de relação corpo-espaço.
Para além da impulsão sensível, existe uma actividade mental, que não pode conceber-se sem a intervenção do factor tempo, implicando assim, a intervenção da memória – não histórica mas activada fenomenologicamente. Por mais que seja importante o tempo, essa percepção espacial implica um lugar, uma configuração, a causalidade – o espaço.
Não é uma procura de representação da estrutura da natureza mas da estrutura do espírito perante a natureza, mostrando um possível, escolhas e não uma certeza.
Como poderia a linguagem copiar os factos?
(…) «E contudo essas linguagens simbólicas provam ser, mesmo no sentido vulgar, imagens daquilo que representam.» (TLF.011, Wittgenstein)